Abertura da IX Semana da Cultura Religiosa destaca o papel de Maria
27/09/2017 15:48
Erick Foti

Religiosos abordam o simbolismo de Nossa Senhora Aparecida no primeiro encontro da Semana. Nos discursos dos participantes, memórias pessoais e referências ao Papa Francisco foram citadas.

Símbolo materno da fé cristã, a imagem de Nossa Senhora de Aparecida, encontrada no Rio Paraíba do Sul há 300 anos, será o tema da IX Semana da Cultura Religiosa. A cerimônia de abertura ocorreu no Salão Dom Luciano Mendes, na Pastoral Universitária Anchieta, com o coordenador da Semana padre Marcos Vinício Miranda Vieira, o Diretor do Departamento de Teologia, Renato da Silveira Borges Neto, o Reitor da Universidade, padre Josafá Carlos de Siqueira, S.J., e o Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta O. Cist. Os religiosos ressaltaram a importância da imagem de Maria na religião católica, a participação mariana na cultura brasileira e a afinidade do Papa Francisco com a imagem da santa.

Acebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, discursa ao lado do professor padre Leonardo Agostini Fernandes e do Reitor, padre Josafá Carlos de Siqueira. Foto: Matheus Aguiar

O Arcebispo do Rio de Janeiro abriu o encontro e afirmou que devem ser celebradas as raízes religiosas e culturais que se manifestam na religiosidade popular. Ele ainda lembrou a devoção do Papa Francisco à Nossa Senhora quando este, ao ser eleito, rezou sob os pés da imagem da santa, na basílica de Santa Maria Maior, em Roma.

Padre Leonardo Agostini Fernandes declarou que o objetivo desta IX Semana da Cultura Religiosa é revigorar a fé, a esperança e o compromisso das pessoas com o bem. Segundo ele, Maria é um bom exemplo para as mulheres não só do Brasil, mas de todo o mundo.

- O conhecimento determina o comportamento, de tal modo que quanto mais conhecermos Maria e aquilo que Deus fez por nós, nela, somos mais capazes de abraçar aqueles compromissos éticos, sociais e, acima de tudo, humanos, que precisamos testemunhar nos nossos dias.

Padre Marco Vinício Miranda Vieira inicia a cerimônia de abertura da Semana. Foto: Matheus Aguiar

O Reitor da PUC-Rio, padre Josafá Carlos de Siqueira, S.J., lembrou da mãe durante o discurso. Ele, que se declarou um devoto de Nossa Senhora de Aparecida, comentou que admirava a disposição com que sua mãe se deslocava de Goiás até a cidade de Aparecida, em São Paulo, para ir ao encontro da fé do povo. Segundo o Reitor, apesar da simplicidade da imagem de Nossa Senhora da Aparecida, a profundidade do significado simbólico é muito maior.

- A pequenez dessa imagem revelou uma grandeza da fé do povo. Ultrapassa barreiras ideológicas, culturais e provoca uma aliança daquilo que é fundamental na religião: a memória, certeza, complexidade, razão e fé. Essa devoção mariana está muito ligada à nossa brasilidade, de um povo simples, que busca uma razão para a esperança nesse momento que o nosso Brasil enfrenta, sobretudo a nossa cidade do Rio de Janeiro.

O fim da cerimônia ficou a cargo do mesmo povo simples citado pelo Reitor. O coral Uma Só Voz, projeto social formado por moradores de rua do Rio de Janeiro, cantou quatro canções que simbolizam a fé em Maria e a realidade social dos cantores. Romaria, de João Mineiro e Marciano, e Lamento Sertanejo, de Dominguinhos e Gilberto Gil, foram algumas das músicas interpretadas pelo coral.

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