Academia e mercado se unem em acordo bilateral
09/10/2008 14:00
Cristiane Barbalho /Foto:Ludmila Zorzi

PUC-Rio assina acordo com Thyssenkrupp, empresa alemã, que visa estimular o intercâmbio universitário

Hans Wrich Lindenberg, Roberto Avillez, Dieter Kroll
e Rudolf Carl Meiler na assinatura do acordo

 

Uma das principais empresas de produção de aço da Alemanha, a Thyssenkrupp, e a PUC-Rio assinaram acordo de cooperação mútua na sala de reuniões do Decanato do CTC, no dia 1 de outubro. O primeiro contato da empresa com a Universidade foi feito há um ano. O acordo foi intermediado pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro, representado por Hanno Erwes, diretor executivo da instituição. O objetivo é intensificar a troca de conhecimentos e experiências entre os alunos, os professores e a empresa. Segundo Rudolf Carl Meiler, responsável pela área universitária da Thyssenkrupp Steel Ag no Brasil, este é o primeiro convênio da empresa com uma universidade da América do Sul.

Segundo o acordo, serão desenvolvidas atividades de colaboração na área de estudo e ensino, com apoio aos melhores estudantes de Engenharia Metalúrgica, de Controle e Automação e de Produção, que receberão bolsa de estudos. A cooperação ainda prevê a realização de estágios e a produção de dissertações, teses de mestrado e doutorado nas empresas do grupo Thyssenkrupp. Também está sendo planejado apoio para quem desejar fazer mestrado na Universidade Duisburg-Essen, na Alemanha, estimulando o intercâmbio universitário.

Para Dieter Kroll, membro do Conselho e Diretor da Thyssen-krupp Steel AG, e coordenador de Cooperação Universitária da empresa no Brasil, o mercado no país para engenheiros e economistas qualificados é tão competitivo como na Alemanha, por isso a busca de jovens talentos.

 

No Brasil

A Thyssenkrupp está construindo um complexo siderúrgico no Distrito Industrial de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, com o nome de Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA). A empresa está sendo erguida em um terreno com 9 mil quilômetros quadrados que fica à margens da Baía de Sepetiba, e contou com financiamento do BNDS,que injetou R$ 1,48 bilhão, correspondente a 18% total do projeto. Esse dinheiro será investido na aquisição de máquinas e equipamentos nacionais, obras civis e instalações.

A siderúrgica tem previsão de início de funcionamento para 2009 e produzirá anualmente cinco milhões de toneladas de placas de aço, produto semiacabado, utilizado como matéria-prima para a laminação de produtos planos. A CSA é uma associação entre a Thyssenkrupp Steel AG e a companhia Vale do Rio Doce. Segundo Meiler, a escolha de Santa Cruz foi devido à facilidade de transporte e à proximidade com Minas Gerais, de onde vem o minério. Para ele, a cooperação com a PUC-Rio foi a forma encontrada para dar continuidade ao complexo. A siderúrgica terá o maior porto privado do Brasil.

Edição 207

 

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