Memórias do sertão
09/03/2020 17:30
Letícia Messias

O Vice-Reitor de Desenvolvimento, Sergio Bruni, lança Estripulias Imberbes, livro inspirado em histórias do intrerior da Bahia

O Vice-Reitor de Desenvolvimento, Sergio Bruni, lançou o livro Estripulias Imberbes nesta quinta-feira, 5, no Auditório do Instituto Gênesis. A obra, publicada pela Editora Oito e Meia, é uma lenda do sertão da Bahia que foi contextualizada para o último século. Uma parte dos livros será doada para a Universidade e para escolas e bibliotecas. A cerimônia teve presença do Reitor, padre Josafá Carlos de Siqueira, S.J, e os exemplares oferecidos foram assinados pelo autor. 

Estripulias Imbermes é o 23º livro de Sergio Bruni. Foto: Amanda Dutra

Qual foi processo de criação do livro? De onde veio a inspiração?

Sérgio Bruni – Na verdade, o livro é uma lenda do sertão da Bahia que eu busquei romancear, magicar. Uma parte é inventada, e a outra parte eu peguei fragmentos da lenda e tentei contextualizar isso no século passado. A lenda realmente existia, mas não com o nível de detalhes que está colocado no livro porque eu tive licença poética. Quem me contou isso foi o meu avô, que era médico no local onde se passa a história. Essa história permanece como uma grande interrogação até para as gerações mais novas. É uma lenda que extrapolou as décadas. Aí eu resolvi colocar isso no papel porque eu acho que a gente perde muito da nossa história por não registrá-la. Uma pequena parte será vendida pela editora, mas o resto será doado para a PUC e para projetos ligados à leitura e à literatura. 

O senhor falou que uma parte da história foi contada pelo seu avô. Qual o poder da memória na criação desta história? 

Bruni - Isso foi passado do meu bisavô para o meu avô, do meu avô para o meu pai e do meu pai para mim. Mas o meu avô, na verdade, era quem insistia em contar com riqueza de detalhes. Então, você vê que vai passando por gerações. E, como era uma coisa no sertão, muito longe, eu achei interessante registrar porque possivelmente ninguém tenha tido a oportunidade de colocar no papel. Uma parte vai ser doada para eles distribuírem nas escolas, bibliotecas daquela região do sertão baiano.

É o 23º livro que o senhor publica. De onde vem a inspiração para as suas obras?

Bruni - Minha inspiração vem deste mundo maluco que a gente está. Eu acho que, de vez em quando, a gente precisa abstrair tudo e criar um mundo com mais fraternidade, mais paz e mais amor, para não ficar nesse dia a dia tão trepidante que a gente fica por aí. A ideia é essa.  É uma escapatória. 

E tem previsão para o próximo?

Bruni - Por hora, eu vou dar uma paradinha. Estou lendo muito, relendo a obra do Gabriel García Márquez e, quem sabe, para o ano que vem.

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