Padre Arnaldo Rodrigues da Silva tomou posse como reitor da Igreja do Sagrado Coração de Jesus, no campus da PUC-Rio, em missa celebrada pelo Cardeal e Grão-Chanceler da Universidade, Dom Orani João Tempesta, O. Cist.. Co-celebraram a eucaristia outros ministros ordenados, como o Reitor da PUC-Rio, padre Josafá Carlos de Siqueira, S.J., o Vice-Reitor Geral, padre Anderson Antônio Pedroso, S.J., e o Diretor do Departamento de Teologia, padre Waldecir Gonzaga.
Padre Arnaldo é Vigário Episcopal para a Comunicação Social na Arquidiocese do Rio de Janeiro e Mestre de Cerimônias do Arcebispo Metropolitano. O sacerdote possui doutorado em Comunicação pela Universidade La Sapienza, de Roma, e deixou a administração da paróquia Nossa Senhora da Conceição, na Tijuca, para assumir a nova função.
Dom Orani agradeceu a dedicação de padre Alexandre Paciolli à PUC-Rio. Fundador da Comunidade Olhar Misericordioso, ele, que estava à frente da Igreja do Sagrado Coração de Jesus desde 2016, recebeu elogios do Grão-Chanceler da Universidade pelo trabalho desenvolvido com os sacerdotes.
No início da cerimônia, padre Josafá leu a provisão, documento oficial que anuncia a transferência de padre Arnaldo. Foi o próprio Reitor da PUC-Rio quem indicou o novo administrador para o cargo na Igreja do Sagrado Coração de Jesus. Para padre Josafá, o assessor da Arquidiocese é uma pessoa adaptada ao ambiente universitário e preocupada com o diálogo entre fé e ciência.
– O reitor da igreja tem que estar em sintonia também com as outras visões pastorais da nossa Universidade: a Cultura Religiosa, a Pastoral Universitária, o Centro Loyola, e assim por diante. É muito importante que todos esses setores sejam um, ou seja, precisa manter a unidade na pluralidade. Por ter uma boa formação universitária, padre Arnaldo é o homem certo para a missão.
Em seu discurso, padre Arnaldo parabenizou o coral da PUC-Rio, que cantou na missa, e recordou o período da inauguração da Universidade. Segundo o novo reitor do templo, a PUC-Rio surgiu em um contexto de transformações profundas dentro e fora da Igreja Católica, cujos fiéis traziam e trazem ainda hoje o anseio por liberdade. Padre Arnaldo afirmou que pretende contribuir com a comunidade na busca por este ideal, fundamentado em Jesus Cristo, por meio do diálogo e da proposição, de acordo com as palavras do Papa Francisco e do Papa emérito Bento XVI.
– Esta igreja encontra-se constituída em meio a este magnífico contexto da produção das ciências, que, em última análise, aponta fundamentalmente para o profundo apelo presente ao coração dos homens: a transcendência. A sede pela obtenção do conhecimento remete impreterivelmente para aquele que é a fonte inesgotável de toda ciência e de todo ser.
Na homilia, o Arcebispo do Rio recordou que a liturgia da Quaresma convida o povo de Deus à conversão, mas que a partir desta semana, as Escrituras começam a direcionar para o mistério da Páscoa. Em alusão à primeira leitura, retirada do livro do profeta Isaías, o Cardeal destacou que Deus não se esquece de ninguém, ama cada ser humano e está sempre próximo.
– Quaresma, é tempo de conversão, de mudança. Tudo aquilo que é insistência nestas quatro semanas que nós tivemos continua presente em nossa vida. Mas, ao mesmo tempo, Cristo vai passar pela morte, vai ser sepultado, fala para a gente que, da cruz, vai jorrar rios de água viva. Seu sangue derramado será justamente aquele que nos lava de todos os pecados, e a sua ressurreição é garantia da nova vida para todos nós.