Aluna da PUC-Rio lança seu primeiro livro
30/03/2009 12:10
Juliana Machado

Estudante do último período de Formação de Escritor pelo Departamento de Letras da PUC-Rio, Paula Gicovate acaba de realizar seu maior sonho: a publicação de seu livro Sobre (o) tudo que transborda. O título reúne contos que falam sobre o amor, o Rio de Janeiro e o urbano.

Estudante do último período de Formação de Escritor, no Departamento de Letras da PUC-Rio, Paula Gicovate acaba de realizar seu maior sonho: a publicação de seu livro – ou o parto de seu filho – Sobre (o) tudo que transborda. Nascida no interior, na cidade de Campos (a 290 km do Rio), a autora, de 23 anos, marca sua vida por “fases de transbordamento” que, segundo ela, se refletem diretamente em sua literatura, principalmente com sua vinda, há quatro anos, para um dos bairros mais famosos da zona sul do Rio de Janeiro, Copacabana.

 

Sobre (o) tudo que transborda apresenta contos que lidam com a relação espaço x tempo. Na segunda parte do livro, denominada Pingado em doses homeopáticas, pequenos textos permeiam a poesia e a narrativa em prosa. Paula, que escreve desde que aprendeu o oficio, considera o ato uma forma de se sentir viva, quase uma terapia, até uma necessidade. “Antes de tudo, escrever pra mim é uma forma de me manter sã, uma análise: escrever, ler e saber que tudo vai ficar bem”, desabafa a autora.

 

Como parte da geração de blogs, Gicovate iniciou seu trabalho na internet. A partir daí, descobriu um ponto que a deslocava da comunicação com ela mesma para um diálogo com o outro, passando a compartilhar e a difundir sua principal mensagem: a da memória compartilhada.

 

- Ao mesmo tempo em que é um livro fossa, é um livro muito irônico, porque eu pratico humor negro em todos os momentos. É um sofrimento que ri de si mesmo, explica Paula.

 

Com o lançamento no dia 5 de março, Paula pôde ver o quão gratificante foi o seu esforço e que as dificuldades de conseguir uma editora que publicasse seu livro valeram a pena. No momento, ela se dedica ao seu próximo livro, que seguirá a mesma linha, mas um pouco menos sofrido, evidenciando o fato de sua personagem se reerguer no próximo título. A autora enfatiza que o objetivo de sua literatura se manterá: compartilhar a emoção secreta e cotidiana das pessoas, aquilo que há de mais individual na coletividade.

 

- Nos meus livros, o público vai encontrar sinceridade e uma exposição, mais até do que eu gostaria, mas que eu não conseguiria fazer diferente. O livro é sincero, o leitor vai saber que de alguma forma aquilo aconteceu de verdade. É quase tudo que eu vivi, muita realidade, concluiu Gicovate.

 

 

Plantão - Edição 213

 

Mais Recentes
Uma locadora em tempos de streaming
Com mais de 25 mil filmes e atendimento único, estabelecimento em Copacabana é um pedacinho da memória da cultura audiovisual do Rio de Janeiro
Valorização do cinema universitário na pandemia
Alunos da PUC-Rio participam da Mostra Outro Rio, uma exposição de curtas-metragens produzidos no Rio de Janeiro
Dez anos sem ele
Durante a vida, José Saramago criou um estilo próprio de escrita, de inovação na sintática e na pontuação