Legado de cultura e fé na Biblioteca Central
11/07/2023 15:57
André Bocaiuva

PUC-Rio recebe o acervo do professor e crítico Miguel Pereira

Dom Orani, Reitor e Ana Ribeiro discursaram na abertura do acervo. Foto: Caio Matheus

A Divisão de Bibliotecas e Documentação (DBD) da PUC-Rio recebeu o acervo do ex-diretor do curso de Comunicação Social, Miguel Serpa Pereira. A coleção conta com mais de 5 mil exemplares, entre livros, filmes e documentos. A solenidade foi realizada na Biblioteca Central da Universidade, no dia 10 de julho, e contou com a presença da família do professor Miguel, o Reitor da PUC-Rio, Padre Anderson Antonio Pedroso, S.J., o Cardeal Dom Orani Cardeal Tempesta, a diretora do curso de Comunicação Social, Tatiana Siciliano, e a coordenadora do Projeto Comunicar, Maria Cristina Bravo.

Miguel foi professor do Departamento de Comunicação Social por 44 anos. Durante o tempo na PUC-Rio, foi um dos idealizadores do programa de pós-graduação em Comunicação e um dos criadores do Projeto Comunicar. Ele também coordenou o núcleo de Comunicação Comunitária (ComCom), foi crítico de cinema do Jornal O Globo durante 19 anos e ajudou a criar o Prêmio Margarida de Prata.

A solenidade foi aberta pelos professores Tatiana Siciliano, Maria Cristina Bravo e  Adair Rocha. Os três discursaram sobre a importância do acervo de Miguel Pereira para a Instituição e a emoção de exaltar a memória do professor, falecido em 2019.

A diretora da Biblioteca Central, Ana Maria Ribeiro, agradeceu à família de Miguel por ter doado o acervo para a PUC-Rio. Ela citou uma passagem do ex-crítico, em uma reportagem para a TV PUC, na qual ele contou como sua paixão pelo cinema surgiu. Ana acredita que guardar a coleção do professor é uma maneira de perpetuar a paixão dele pelo cinema.

Miguel Pereira foi professor da PUC-Rio por mais de 40 anos. Foto: Acervo Comunicar

Padre Anderson disse que é uma honra para a Universidade abrigar a coleção, pois Miguel foi um homem que nunca escondeu a fé católica. Ao valorizar as memórias do professor, a Reitoria da PUC-Rio aponta os caminhos que a Universidade deve seguir. Ele afirmou estar feliz de fazer parte da história de Miguel.

— Eu diria que esse evento é uma comemoração feliz e bonita. É memória também que aponta para o futuro, porque queremos ter mais “Miguel Pereira” aqui dentro, pessoas comprometidas. É um sinal muito forte para esta comunidade, pois quando vivemos autenticamente nossos ideais e com muita força a nossa fé, conseguimos marcar história, assim como Miguel fez. Eu me sinto muito honrado como Reitor de participar deste momento e pegar uma pontinha desta história.

Dom Orani contou que conheceu o ex-diretor enquanto estava na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Miguel Pereira escolhia os filmes que iriam concorrer ao Margarida de Prata, prêmio oferecido pela CNBB para filmes brasileiros que ressaltam valores humanos, éticos e espirituais. O Cardeal acredita que este acervo é um ganho para a PUC-Rio devido à grande variedade cultural. Após o discurso, Dom Orani abençoou a coleção.

A abertura do acervo foi sucedida por uma missa rezada por Dom Orani na Igreja do Sagrado Coração de Jesus. Ao refletir sobre o Evangelho do dia (Mt 9, 18-26) na Homilia, o Cardeal afirmou que a missão dos cristãos é levar a boa notícia, Jesus, para o resto do mundo. Ele também comentou sobre a missão das universidades católicas, como a PUC-Rio, que também tem que espalhar a mensagem da salvação, além dos conhecimentos técnicos para cada profissão.

Dom Orani celebrou a missa. Foto: Caio Matheus

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