Um mapa da memória da PUC-Rio
21/03/2012 14:00
Margarida de Souza Neves/ Foto: Antonio Albuquerque

Coluna do Núcleo de Núcleo de Memória da PUC-Rio

Sinalização do campus que identifica
o Edifício Cardeal Leme

 

No início do ano uma senhora me parou nos pilotis do Kennedy para perguntar onde ficava o Edifício Leme.  A explicação não foi difícil, mas a segunda pergunta dela me fez pensar: “todos os prédios da PUC têm nomes de bairros da cidade?”.  A senhora, que vinha fazer a matrícula do filho, ficou surpresa ao saber que o Leme que dava nome ao prédio que procurava não era o bairro carioca, mas D. Sebastião Leme da Silveira Cintra, o Cardeal Leme, arcebispo do Rio de Janeiro e responsável, juntamente com o Padre Leonel Franca, S.J., pela fundação da PUC-Rio em 1940.

 

A pergunta daquela mãe de aluno foi tema de uma discussão animada da equipe do Núcleo de Memória da PUC-Rio.  Quantos, entre os professores mais recentes da Universidade, sabem por que a sala em que se reunem com o Vice-Reitor Acadêmico leva o nome de Myriam Alonso?  Que estudantes de Física sabem  quem foi o Professor Pierre Lucie, cujo nome preside os Laboratórios de Ensino do Departamento?     Quantos alunos do Departamento de História sabem quem é o Walmer que empresta seu nome à sala onde se realizam as defesas de mestrado e doutorado? E será que todos sabem  identificar o Professor Junito Brandão, que nomeia o anfiteatro no jardim do Campus?

 

Tal como acontece com a toponímia da cidade, que constitui uma peculiar lição de história, os nomes atribuídos aos edifícios, salas, bibliotecas, auditórios, laboratórios e demais espaços da PUC-Rio contam algo de sua história e desenham um mapa simbólico da memória da Universidade.

 

Para retraçar esse mapa e conferir novos sentidos à homenagem feita a alguns professores, funcionários e ex-alunos, o Núcleo de Memória quer dedicar a série de crônicas que escreve no Jornal da PUC ao longo desse ano a rever quem foram essas pessoas cujas vidas, um dia, ajudaram a escrever a história da Universidade e que  batizam, hoje, espaços por onde todos circulamos.

 

Revisitar essas vidas será uma ocasião para redescobrir um dos mapas da memória  inscritos no campus.

 

Professora Margarida de Souza Neves

Departamento de História

Coordenadora Acadêmica do Núcleo de Memória da PUC-Rio

 

Edição 252

 

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