Os setores público, privado e acadêmico se uniram à sociedade para discutir questões ambientais. Trinta e duas universidades jesuítas, a ONU e a WWF participaram do Seminário Internacional da Rede de Homólogos de Meio Ambiente e Sustentabilidade, no dia 10 de novembro. No encontro foi debatida a criação de uma rede de pesquisas internacional para uma interação no debate sobre ações sustentáveis.
Durante a abertura do seminário, o Reitor da Universidade, padre Josafá Carlos de Siqueira, S.J., destacou a importância de discutir, traçar metas e objetivos sobre o meio ambiente. O Reitor ainda ministrou a Conferência Magistral: Ética e Meio Ambiente, na qual lembrou algumas ações que devemos ter com relação à questão ambiental.
– Nossa missão hoje é curar o mundo ferido e preservar vidas vulneráveis, ecossistemas e a dignidade da criação. Devemos buscar e criar as estruturas de sustentabilidade socioambientais em nossas Universidades, como agenda ambiental, ações e projetos que busquem criar mecanismos de adaptabilidade diante das mudanças globais e climáticas.
Ao longo do seminário, os participantes puderam relatar histórias, compartilhar as experiências sobre sustentabilidade e meio ambiente e trocar ideias de iniciativas tomadas nas instituições em que trabalham que têm dado certo nos últimos anos.
Três temas centrais foram abordados no seminário: o conceito de campus sustentável, projetos de desenvolvimento local sustentáveis nas universidades, e a Amazônia. Durante a palestra O Rio a Gente Conhece, a presidente do Instituto Pereira Passos, Eduarda La Rocque, disse que o objetivo de um dos grupos de trabalho é criar cidades sustentáveis, inclusivas, resilientes e conectadas.
– O foco é a cidade. O objetivo é pensar inclusão e conectividade nas grandes cidades. Um dos projetos de soluções apresentadas foi o Pacto do Rio, em que as ações individuais, que não estão conectadas, sejam articuladas entre o setor público, privado, a academia e a sociedade civil, para promover e monitorar o desenvolvimento sustentável da cidade do Rio de Janeiro.
O Instituto Pereira Passos utiliza dados, mapas e cartografia no planejamento estratégico de integração das favelas à cidade para promover o desenvolvimento urbano, econômico e social dessas comunidades. Os cinco segmentos da sociedade, de acordo com Eduarda, participarão dos projetos.
– Os cinco segmentos têm extrema importância nos projetos. A função do setor público é planejar e integrar, o setor privado capta recursos, as ONG’s elaboram e implementam projetos, e a academia pensa estudos de monitoramento e, no centro, a população beneficiária.
Diretor do Núcleo Interdisciplinar de Meio Ambiente (Nima), professor Luiz Felipe Guanaes debateu sobre os desafios em relação ao meio ambiente e apresentou os projetos de sustentabilidade da Conferência dos Provinciais Jesuítas da América Latina (CPAL). Segundo Guanaes, diante da crise ambiental, existem dois grandes desafios com relação ao meio ambiente: impulsionar atitudes para educar e assumir responsabilidades sobre os acontecimentos.