Soluções para os conflitos
17/11/2015 04:06
Matheus Paulo Melgaço e Gabriele Roza / Fotos: Bruno Pavão

PUC-Rio recebe a IV Conferência Sobre Relações Exteriores – O Brasil e as Tendências do Cenário Internacional. Encontro prossegue até dia 19 de novembro e reunirá importantes nomes da política internacional

A IV Conferência Sobre Relações Exteriores – O Brasil e as Tendências do Cenário Internacional começou nesta terça-feira, 17 de novembro. A PUC-Rio é a quarta Universidade do país e a primeira da região Sudeste a sediar o encontro, que prossegue até quinta-feira, 19, e tem como objetivo debater e refletir sobre a conjuntura política, econômica e ambiental do planeta. Participaram da mesa de abertura o embaixador Sergio Eduardo Moreira Lima, presidente da Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG), o Vice-Reitor da PUC-Rio, padre Francisco Ivern Simó, S.J., o diretor do Departamento de Relações Internacionais da PUC-Rio, professor Paulo Esteves, e a coordenadora da Graduação do curso de Relações Internacionais, professora Paula Orrico Sandrin.

O Vice-Reitor da PUC-Rio ressaltou a importância de analisar as relações entre os países no cenário internacional e de criar critérios que norteiem a promoção da paz.

- Espero que, além de analisar as relações contemporâneas dos países no cenário internacional, o encontro possa fomentar a reflexão de como promover, em esfera global, a justiça social e a cultura da paz.

O embaixador Sergio Eduardo Moreira Lima ressaltou que o encontro marca o início do ano de comemorações do aniversário da pós-graduação de Relações Internacionais da PUC-Rio, que completa 15 anos em 2016.

- O encontro marca a criação do primeiro curso de Relações Internacionais do Brasil. Trata-se, portanto, de um marco da PUC-Rio no Ensino Superior no Brasil, mostrando sempre o pioneirismo e o tradicionalismo desta Universidade. A proposta do encontro é, sobretudo, promover o diálogo e a reflexão entre a academia e a diplomacia.

O Embaixador Mauro Vieira, ministro de Estado das Relações Exteriores, não pode comparecer ao encontro, mas enviou uma carta que foi lida por Moreira Lima. Nela, Mauro Vieira comentou que o Brasil vive um momento oportuno para inserção internacional, baseada na representatividade e na autenticidade. O ministro afirmou que a diversidade étnica torna o país exemplo de tolerância e de respeito às diferenças, em meio a ascensão do discurso xenofóbico em diversas nações. Ele ressaltou que o Brasil tem um histórico de receber imigrantes de outros países e que não seria diferente neste momento.

Ainda no texto, o embaixador afirmou que receber os refugiados da guerra ou da pobreza “é a convicção de que é insustentável construir um mundo em que se elimine, cada vez mais, as fronteiras de serviços, bens e capitais e, ao mesmo tempo, se erga barreiras maiores e intransponíveis aos refugiados”. Para ele, os três principais vetores da atuação externa do Brasil são a promoção da paz, o respeito à diferença e a busca por desenvolvimento.

Em seguida, houve o primeiro painel do Seminário, com o tema Paz e Segurança: Resolução de Conflitos, com a participação da ministra Maria Luisa Escorel de Moraes, chefe da Divisão de Paz e Segurança Internacional do Ministério das Relações Exteriores. Ela abordou a visão do Brasil no contexto internacional e discutiu a agenda internacional pós 2015. A ministra entende que há um avanço do discurso de soluções militares para os conflitos e crises. Mas, para ela, a paz duradoura deve ser alcançada por meio de soluções políticas.

- O que deve prevalecer na esfera da paz e segurança internacional é a primazia da política, isto é, a ONU deve explorar todos os meios capaz de contribuir para o fim da violência.

No painel, foram abordados ainda temas como as guerras civis, as violações dos direitos humanos, o terrorismo e a crise dos refugiados. Participaram do debate o professor Antonio Jorge Ramalho, secretário-executivo da Escola de Defesa da UNASUL; o professor Alexandre Fuccille, presidente da Associação Brasileira de Estudos de Defesa (ABED); o professor Hector Saint-Pierre (UNESP); e o professor Pedro Dallari (USP).

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