Convênio com universidade americana reforça qualificação ao Direito internacional
23/09/2016 09:48
Diana Fidalgo e Camila Gouvea

Domínio da complexidade jurídica é essencial ao sucesso na área, recomendam professoras

Education USA. Foto: Gabriel Molon

 

A perspectiva de trabalhar nos Estados Unidos insinua-se mais próxima dos alunos de Direito da PUC-Rio. Eles agora podem cursar o Law’s Master (LLM) da universidade Case Western Reserve (CWRU), em Cleveland, no estado de Ohio. Com esta certificação, credenciam-se para fazer o Bar, exame que os habilita ao mercado americano, equivalente ao da OAB no Brasil. Anunciado nesta terça (20), durante palestra sobre a internacionalização da advocacia contemporânea, o convênio de dupla titulação integra o programa Direito Global. A iniciativa reúne esforços e parcerias voltados à qualificação na área do direito internacional.

 

Embora os conhecimentos e certificações específicos sejam essenciais para decolar neste segmento, as professoras Nadia de Araujo e Márcia Nina Bernardes ressalvam que a capacitação exige outras competências. Recomendam, em especial, o domínio do inglês na forma culta e uma visão acurada sobre o cenário jurídico internacional.

 

De acordo com as especialistas, as principais dificuldades na área derivam da pluralidade de jurisdições, da diversidade de regras e dos conflitos entre as leis. Para compreender melhor tamanha complexidade, as professoras do Departamento de Direito da PUC-Rio sugerem o curso da Academia Hangue de Lei Internacional, na cidade holandesa de Haia, conhecida como a capital jurídica do mundo.

 

Outra recomendação remete ao LLM ao qual passam a ter acesso os alunos (quarto período em diante) e profissionais graduados pela PUC-Rio, a partir do próximo ano. Para cursá-lo, é necessário, fora a aprovação no processo seletivo, um desembolso em torno de US$ 100 mil. Inclui passagens, hospedagem, visto de estudante e seguros de saúde e de viagem. As seleções anuais serão feitas em março e em agosto, e os cinco primeiros colocados receberão bolsa de 50% daquele valor.

 

“Intercâmbio deve ser decidido só depois de seis meses de pesquisa”

 

Interesse recorrente nos corredores universitários, as oportunidades de intercâmbio internacional também as apresentações de quatro representantes de instituições americanas – Nova Southeastern, Universidade da Flórida, Universidade de Denver e George Washington – para alunos da PUC-Rio, nesta quarta-feira. As opções de pós para diversas áreas (artes, jornalismo, administração, enfermaria, engenharia, direito) dominaram o encontro.

 

Tanya Moise. Foto: Gabriel Molon

 

Os processos seletivos revelam-se semelhantes. Reúnem inscrição online, pagamento de taxa, cartas de recomendação, currículo, notas calculadas para o sistema americano e pontuações específicas nos testes oficiais que avaliam o inglês do candidato (Toelf, Ielts ou Melab).  A diversidade de alternativas dificulta a decisão dos interessados no intercâmbio estrangeiro, reconheceram os interlocutores americanos. A representante das Universidade da Flórida, Lia Bremneman, sugeriu que os alunos fizessem uma longa pesquisa – cerca de 6 meses – para escolher a instituição e curso:

 

– É uma escolha delicada, um investimento. Não deve ser feito com apenas um ou dois meses de pesquisa. O aluno deve avaliar qual universidade se encaixa melhor no seu perfil e seja mais qualificada à área de interesse.

 

Para os alunos interessados em política, por exemplo, a George Washington, a um quarteirão da Casa Branca, acena com um ingrediente peculiar: palestras frequentes dos presidentes americanos ou de prepostos. A universidade abriga 15 mil estudantes distribuídos em 200 programas de graduação. 

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