A indústria petroquímica na Quarta Revolução Industrial
31/08/2017 14:54
Diana Fidalgo

Gerente executivo da fábrica Arlanxeo Brasil, da univerdade de Duque de Caxias, Ubiratan Gomes de Carvalho Sá destacou a Internet das Coisas entre as tendências da indústria petroquímica no Brasil, na Semana Integrada de Engenharia da PUC-Rio.

A Internet das Coisas é a quarta etapa da Revolução Industrial, acredita o engenheiro químico Ubiratan Gomes de Carvalho Sá. O gerente executivo da fábrica de borracha sintética Arlanxeo Performance Elastomers, localizada em Duque de Caxias, Sá aposta que a tendência da indústria petroquímica está nos objetos da vida cotidiana conectados à internet, agindo de modo inteligente e sensorial.

– A população mundial está na ordem de 7 bilhões de pessoas. Se, dentro de 40 anos, se estabilizar em torno de 9 bilhões, haverá uma demanda por produtos dessa natureza maior do que fabricamos hoje. Com a internet das coisas, teremos maior capacidade de produção e eficiência, e menor quantidade de energia e reutilização de materiais – afirmou o executivo, na palestra Tendências da indústria petroquímica com a “Internet das Coisas - IoT” e a Indústria 4.0, da Semana de Engenharia (SiEng), na quinta-feira (24).

O engenheiro lembrou que a evolução e a inovação tecnológica são provocados à medida que surge a necessidade de novas soluções, e que esses ciclos estão cada vez mais curtos. “A indústria química no Brasil está mais avançada em termos de automação”, exemplificou, apontando que o investimento em automação industrial – interrompido no país com a instabilidade econômica – é exatamente uma saída estratégica para reverter a situação:

– Quanto mais novo o investimento, mais tecnologia é incorporada. Apesar do cenário atual, tenho uma visão otimista: por maiores que sejam os problemas, as dificuldades que se tenha de entender como as coisas funcionam e o seu impacto, vamos encontrar as melhores soluções possíveis dentro da tecnologia disponível para fazer isso acontecer, como sempre foi.

A chamada Indústria 4.0, ou Quarta Revolução Industrial, engloba tecnologias para automação e troca de dados utilizando conceitos de sistemas ciberfísicos, internet das coisas e computação em nuvem, com aplicações básicas como a universalização do acesso a água tratada, além da maior demanda por alimentos e urbanização:

– Para todas as pessoas do mundo terem acesso a água tratada, é necessária uma grande produção de tubulações, que demandam produtos petroquímicos. Com a internet das coisas e equipamentos interligados, eles vão se conectar e trocar informação, processá-las e realizar tarefas. Isso tudo provavelmente sem a intervenção humana. A velocidade das mudanças vai ser modificada pela capacidade de retenção e análise de dados para transformar em informação e conhecimento.

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