O Departamento de Letras e o Decanato do Centro de Teologia e Ciências Humanas (CTCH) organizaram na segunda-feira, 25, uma homenagem ao casal de escritores Affonso Romano de Sant’Anna e Marina Colasanti. Nos anos 70, Affonso criou o curso de Pós-graduação em Literatura Brasileira da PUC. Entre 1973 e 1976, foi diretor do então Departamento de Letras e Design, no qual esteve à frente do projeto Expoesia, com encontros nacionais de Literatura. A escritora ítalo-brasileira Marina começou a frequentar a PUC quando namorava Affonso. Ela acompanhava congressos e participava quando o marido recebia grandes nomes do Brasil e do mundo, como o filósofo Michel Foucault.
A celebração foi realizada no Auditório Padre José de Anchieta com a presença dos homenageados. O diretor do Departamento de Letras, Alexandre Montaury, e o decano do CTCH, Júlio Diniz, abriram o encontro e, em seguida, foram organizadas duas mesas sobre as obras dos jornalistas. A primeira teve a participação de Benita Pietro, Sylvia Cyntrão, Lúcia Fidalgo e Eliana Yunes, e foi mediada por Diniz. A segunda reuniu Eneida Leal Cunha, Renato Cordeiro Gomes, Vera Follain de Figueiredo e mediação de Montaury. Segundo o diretor, é importante reconhecer o legado de Affonso para além da instituição.
- Como professor, Affonso formou gerações de pesquisadores, professores e estudantes. Como escritor, produziu trabalhos críticos, teóricos e analíticos do fenômeno literário. Como cronista, produziu importantes análises da nossa sociedade. E, como homem público, atuou em esferas decisivas do campo político, como na direção da Biblioteca Nacional.
Durante a cerimônia, houve depoimentos sobre o casal, e muitos dos convidados fizeram questão de ressaltar, de forma afetiva, a generosidade dos escritores. Os participantes das mesas contaram um pouco da relação que estabeleceram com Affonso e Marina e ainda leram trechos de textos dos dois. Após os relatos, Diniz fez uma surpresa para o casal, ao mostrar fotos de momentos deles na PUC. O Reitor Padre Josafá Carlos de Siqueira S.J. encerrou a cerimônia e Affonso recebeu das mãos do Decano a medalha Dom Helder Câmara. Marina ganhou flores e o parabéns da plateia, já que no dia seguinte completaria 80 anos.
- As homenagens servem para balizar o percurso. Para a gente ver onde estavam os pontos marcantes daquilo que a gente fez. – destacou Marina.