Tecnologia e segurança são debatidos na Universidade
18/10/2017 13:51
Elisângela Almeida

Secretário municipal apresenta dados da criminalidade e aponta possíveis soluções para redução da violência no Estado

O secretário Indio da Costa. Foto: Fernanda Maia

Os números são alarmantes: só este ano, no Rio de Janeiro, foram registrados cerca de 2.734 homicídios; 27.534 roubos de veículos, 50.179 roubos de carga e mais de 104 policiais mortos. As informações foram apresentadas pelo secretário municipal de Urbanismo, Infraestrutura e Habitação, Indio da Costa, que proferiu palestra na Universidade sobre violência e desenvolvimento da cidade na manhã de terça-feira, 17, no Auditório Padre José de Anchieta.

Segundo Indio, é necessário organizar a cidade para diminuir a violência. Ele citou casos de outros países que, por meio da tecnologia, conseguiram reduzir os índices de criminalidade, como a Espanha, os Estados Unidos, a Colômbia e Israel.  Para ele, enquanto os números da violência continuarem aumentando, a cidade não vai se desenvolver.

As táticas para a reestruturação do sistema de segurança na cidade são, segundo Indio, o desarmamento e corte do lucro dos bandidos, e a retomada dos territórios com o auxílio da tecnologia. Para o secretário, com a ajuda das câmeras que existem nas comunidades e no entorno, é possível identificar as pessoas envolvidas com o crime e comprovar a participação deles nos delitos. Além disso, ele afirmou que é necessário manter os criminosos “de fato” presos.

– O redesenho de processos é fundamental, aliado a uma política de desenvolvimento econômico que possa dar oportunidade para as pessoas. Mas, ninguém vai resolver o problema de desenvolvimento econômico e de oportunidade de emprego no Rio de Janeiro sem resolver a segurança.

Segundo o secretário, implantar um sistema de tecnologia para auxiliar na segurança pública será algo barato, se comparado com os efeitos positivos que eles podem gerar. Ao final da palestra, Indio da Costa lançou um desafio aos alunos da PUC. Ele pediu que pensassem a respeito da simplificação dos processos na Secretaria de Segurança Pública e sugerissem maneiras de rever o sistema policial e penitenciário do Estado.

 

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