Ritual de passagem
19/10/2018 17:49
Julia Carvalho

Desfile de moda da Semana de Design mostra multiplicidade das coleções de alunos do curso

A diversidade de corpos, formas, cores e estilos marcou o desfile dos alunos de Design de Moda na 12ª Semana de Design da PUC-Rio, no dia 18. A apresentação transformou, em uma narrativa única, a pluralidade das criações que foram assinadas pelos estudantes para os projetos finais da graduação. Com o tema Inovação e Inclusão digital, passaram pela passarela 59 modelos, entre eles alunos e funcionários da PUC que se voluntariaram para participar além de alguns jovens com deficiência. Todos eles exibiram as criações de cerca de 20 designers que produziram de moda praia a vestidos de noiva.

A professora e supervisora de moda no Escritório Modelo de Design (EMoD), Luiza Marcier, foi a organizadora do desfile que ocorreu nos pilotis do Edifício da Amizade. Ela afirmou que realizar o desfile é importante para os alunos verem as roupas em movimento, além de ser um grande encerramento por conta do fim da passagem dos estudantes pela Universidade.  

A professora Luiza Marcier destacou a importância do desfile para os alunos. Foto: Amanda Dutra
 

— O desfile é muito importante para os alunos, porque roupa é uma coisa que é feita para vestir o corpo, é um corpo em movimento. Quando vemos a roupa em movimento, é outra coisa, é uma roupa que anda. Para os alunos existe essa coisa de ver a roupa que eles criaram tomando vida, tomando forma nessa magia que é o desfile, só ocorre uma vez e dura cerca de 20 minutos. De fato, para os alunos vira uma espécie de celebração da formatura, porque são normalmente os projetos finais.

Os formandos Henrique Ferreira e Beatriz Veloso contaram que o desfile é considerado uma preparação para o mercado de trabalho e um ritual de passagem, como o último momento na Universidade. Beatriz explicou que criou as roupas a partir da história do autor favorito dela, o escritor Machado de Assis. A figurinista concebeu a coleção como se fosse para uma minissérie sobre o romance Memórias Póstumas de Brás Cubas e, a partir de um estudo de cor, optou por trabalhar com o vermelho.

Ferreira e Beatriz consideram o desfile o encerramento da graduação. Foto: Amanda Dutra

Henrique Ferreira desenhou os modelos baseado em uma pesquisa que ele fez sobre tecnologia têxtil, e, com isso, fez os vestidos a partir de um trabalho de reuso com a mesma base do plástico de sacolas plásticas.

— A minha foi uma pesquisa científica, produzi uma base polimérica a partir do plástico de sacolas plásticos. Essa foi a minha pesquisa de projeto final de graduação, e a coleção de vestuário foi um desdobramento dessa pesquisa, eu desenhei uma coleção com inspiração na cadeia carbônica desse plástico que eu usei, e utilizei material de descarte também, porque esse plástico é um material de reuso, é um trabalho de reciclagem e produção de uma nova fibra têxtil.

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